sábado, 26 de junho de 2010

A educação e o conhecimento

A educação é um instrumento de apoio e paz, justiça social e o pleno desenvolvimento das potencialidades humanas. É a forma de garantir que o ser humano chegue ao conhecimento e, assim, possa libertar-se, tornando-se um ser atuante e crítico.
O ato educativo pode ser interpretado como ato de conhecimento, uma aproximação crítica da realidade. O conhecimento é a representação da realidade vivida, é o meio através do qual, o homem pode pensar e analisar criticamente a situação, contextualizando e estabelecendo causas e consequências dos fatos. Pode de posse do conhecimento optar, encaminhar soluções, transformar.
O conhecimento não vem somente na bagagem hereditária ( concepção apriorista ) ou observado, ou adquirido, ou aprendido ( concepção empirista ). O conhecimento, na verdade é a construção para a qual concorre tanto a bagagem hereditária, quanto o meio, mas que se concretiza na ação do sujeito.
Paulo Freire concebe o conhecimento como algo que envolve a totalidade da experiência humana. O ponto de partida é a experiência concreta do indivíduo em seu grupo, em sua comunidade. Por isto, a educação é acima de tudo, um ato político.
Para Paulo Freire ao aproximarmos as crianças dos conhecimentos da comunidade elas podem tranformá-las e, assim, modificar a sociedade onde vivem. Esse é um trabalho de cidadania, de democratização do ensino.

MINHAS APRENDIZAGENS NO FAZER PEDAGÓGICO

Já faz algum tempo que percebi que que mudar minha prática pedagógica, pois pensava que era somente uma professora transmissora de conhecimento, onde eu falava e meus alunos tinham que ouvir, aprender, decorar, assimilar... Com tudo que aprendi com meus estudos na Universidade, fez com que eu me tornasse mais questionadora e crítica, hoje me encontro dentro da proposta construtivista, onde vi que meu aluno só aprende quando há sentido, só aprende quando age, cria, opera, constrói, quando o mesmo é desafiado e questionado.
Hoje me sinto como uma facilitadora no processo da aprendizagem, pois levo meu aluno ao desafio e auxilio o mesmo a "encontrar caminhos", e percebo a motivação que eles apresentam em busca do conhecimento.

domingo, 13 de junho de 2010

A violência na escola

Será que meu aluno é violento, ou tal atitude não é característica do processo de construção da moralidade? Será que estou contribuindo com trabalhos pedagógicos em relação a isso?
Tenho dúvidas, pois algumas vezes achei que estes atos mereciam punições, como ficar sem recreio ou tirar a educação física, mas vi que isso nada adiantava. Então, comecei a mudar minha tática.
Meu aluno João, do terceiro ano é um aluno que vive batendo, chutando ou até mesmo soqueando seus colegas, algumas vezes usei de punição com ele, mas percebia que isso não adiantava, só estava piorando e, sentia ele cada vez mais distante. Vi que era hora de eu mudar, cada vez que ele era violento, conversava com ele, pedindo explicações, o porque ele fizera isto ou aquilo, mas já não estava mais condenando ou punindo, mas sim ouvindo o que ele tinha para me dizer. A partir de minha mudança para com ele, ele começou a mudar também, pediu para sentar perto de mim, hoje muitas vezes vem me abraçar, me tocar, me cheirar. Hoje eu estou sempre incentivando, explicando que ele não pode mais fazer isto ou aquilo, fazendo ele muitas vezes refletir sobre seus atos.
Segundo Jaqueline Picetti: “Seria importante a escola inserir em seu contexto o respeito pelo processo de desenvolvimento moral, não tachando mais certos comportamentos como violentos, mas como características de uma determinada fase da construção da autonomia da criança, pois, para que o sentimento de justiça se desenvolva, são necessários o respeito mútuo e a solidariedade entre as crianças e os adultos.”
Concluo, então que acho que estou indo no caminho certo, errando algumas vezes, mas tentando sempre acertar, para que só assim meu trabalho seja enriquecedor e para que eu colha bons frutos. E saber acima de tudo, que eu tentei fazer o melhor.

terça-feira, 8 de junho de 2010

REFLEXÕES SOBRE O ATO DE PLANEJAR

A escola ainda não é uma facilitadora da transformação dos alunos em sujeitos letrados; o que tenho certeza é que a escrita, por si somente, não é um modelo autônomo de letramento, sendo que o tipo de “habilidade” que é desenvolvido depende da prática social em que o sujeito se engaja quando ele usa a escrita.. É preciso entender que o homem seja sujeito na compreensão do mundo, e, aceitando que também seja na construção do seu conhecimento sobre a escrita (uma parcela do conhecimento social). É necessário que os educadores utilizem e explorem diferentes portadores textuais como: receitas, poemas, letras musicais, fábulas, lendas, histórias em quadrinhos e os mais variados recursos tecnológicos, exemplo: computador, sendo que desta forma, estarão contribuindo para a qualificação da aprendizagem, numa verdadeira busca pela inserção social.
Antes de tudo, para iniciar o planejamento é preciso que eu realmente tenha estes conhecimentos: Quais os assuntos de interesse de meus alunos?; Quais os conhecimento básicos que meus alunos têm?; A que distância está daquilo que queremos alcançar?; O que faremos para realmente conseguir alcançar o que queremos?; As concepções estão com eixos voltados como: sociedade, conhecimento, homem, aprendizagem, currículo e cultura?; Há uma interdisciplinaridade no que é proposto? Assim, faremos uma “trama” com os elementos básicos do planejamento, que são: contextualização, eixo integrador, justificativa, objetivos, conteúdos, estratégias, recursos e avaliação. Podemos, então, denominar ensino integrado as alternativas de ações pedagógicas que buscam criar condições e ambientes nos quais os educandos se vejam motivadas para investigar, indagar e aprender.