segunda-feira, 7 de janeiro de 2008

RELATÓRIO DE APRENDIZAGEM DE LUDICIDADE

RELATÓRIO DE APRENDIZAGEM-LUDICIDADE-GRAZIELA MAUS

Durante o semestre, na interdisciplina Ludicidade e Educação, uma importante dúvida me inquietou: Qual o papel da atividade lúdica na aprendizagem?
Eu, como professora atuante e , ao ler o texto: “Sala de aula é lugar de brincar? “ de Tânia Ramos Fortuna; encontrei respostas, ampliando assim, minha visão crítica em relação a essa questão.
Inicio, fazendo algumas colocações: percebo que nas escolas ainda há influência das tendências tradicionais. Costuma não ser difícil convencer os educadores da importância do jogo no desenvolvimento humano, porém, convencê-los disto para se obter a aprendizagem, não é fácil.
Achei valiosas as idéias de Tânia Ramos Fortuna, como: “A sala de aula é um lugar de brincar se o professor consegue conciliar os objetivos pedagógicos com os desejos dos alunos. Para isto é necessário encontrar o equilíbrio sempre móvel entre o cumprimento de suas funções pedagógicas- ensinar conteúdos e habilidades, ensinar a prender – e psicológicas – contribuir para o desenvolvimento da subjetividade, para a construção do ser humano autônomo e criativo – na moldura do desempenho da funções sociais- preparar para o exercício da cidadania e da vida coletiva, incentivar a busca da justiça social e da igualdade com respeito à diferença.”
“A verdadeira contribuição que o jogo dá a Educação é ensiná-la a rimar aprender com prazer.”
“E onde está o prazer no jogo? Naquilo que o caracteriza: espontaneidade , improdutividade, trânsito entre a realidade externa e interna, interatividade, simbolismo constantemente recriado, desafio e instigação, mistério, imponderabilidade e surpresa.”- ( Sala de aula é lugar de brincar?- páginas 5, 6 e 7).
Para mim ficou ainda mais importante a idéia de conciliar o jogo com o processo ensino aprendizagem, pois, a criança aprende mais com o mesmo- o lúdico.
É comum, para mim, realizar o jogo do BINGO na sala de aula. Os alunos, escolhem palavras do quadro geral, já aprendidas e, montam suas cartelas. Então, vou falando as palavras e ganha quem preencher primeiro a sua cartela, com palavras por mim faladas. É uma alegria só quem primeiro preenche a cartela, com milhos. Quem grita bingo ganha um prêmio, uma pequena lembrança.
Ressalto o quanto achei importante uma frase que está na página 5 do texto : Sala de aula é lugar de brincar? E que resume a minha aprendizagem enquanto professor:
“Por fim, enquanto a aprendizagem é apropriação e internalização de signos e instrumentos num contexto de interação, o brincar é apropriação ativa da realidade por meio de representação; a brincadeira é por conseguinte, uma atividade análoga à aprendizagem.”
Faço além do BINGO DE PALAVRAS, demais atividades lúdicas como: dominó de palavras, jogos de memória e outros. Estas, contribuem muito para aprendizagem dos educandos. Tenho certeza que estas brincadeiras não são alienantes, nem tão pouco é o prazer que tais proporcionam aos alunos.
É preciso entender que o brinquedo, a brincadeira e o jogo, enfim o lúdico, interage no processo “sensível” da socialização e da prendizagem.

sábado, 5 de janeiro de 2008

RELATÓRIO DE APRENDIZAGEM DE MÚSICA E ARTES

Histórias da Música Popular Brasileira para Crianças

Esta atividade foi realizada com os alunos da 2ª série
Como estamos perto do Natal, resolvi trabalhar com a música Boas Festas, de Assis Valente e também por causa da nossa apresentação de Natal, quis unir o útil ao agradável.
Primeiramente escrevi a música Boas Festas no quadro, logo no começo da música a maioria de meus alunos já disseram que conheciam. Logo após a cópia começamos a cantá-la com bastante entusiasmo, pois já estava trabalhando sobre o Natal há uma semana.
Depois houve uma conversação sobre a letra da música, o que o compositor quis dizer com essa letra? Surgiram assuntos como: as crianças que esperam ganhar presentes, mas não ganham nada, assunto como o verdadeiro sentido do Natal, foi muito falado sobre a pobreza e a miséria, sobre as crianças de rua...
Num quarto momento fomos para a sala de computação, fazer uma pesquisa sobre a vida do compositor, e então surgiu outro assunto, sobre o suicídio, dois alunos relataram que conheciam vizinhos que haviam se suicidaram, então tentei passar mensagens sobre como devemos acreditar num Ser Supremo e agradecer todos os dias por estarmos com saúde e por estarmos juntos de nossas famílias...
Depois fomos para a sala de dança, pedi que ficassem em silêncio e em roda sentados no chão. Escutamos três vezes a música e perguntei se alguém conhecia algum instrumento tocado na música, um disse que na música tinha o som de pandeiro, mas ninguém mais conseguiu identificar outro. Depois pedi a eles que se levantassem para sentirem o ritmo para podermos começar o nosso ensaio para a apresentação de Natal.
Foi feito uma coreografia, com a ajuda de alguns alunos. Este trabalho foi muito gratificante, pois estou a três anos com esta turma e eles estão acostumados a dançar diversos tipos e ritmos de música, eles sabem o momento certo de falar e agir.
Para finalizar fiz trabalhos artísticos em cima da letra da música, foi feitos em grupos e expostos no dia da festa de Natal, saíram trabalhos muitos criativos e maravilhosos.






















Esta atividade envolveu, além das interdisciplinas de música e artes, também foram trabalhadas as disciplinas de português, religião, também pesquisa na internet. Com este trabalho foram desenvolvidos a interação da escola juntamente com a comunidade, onde foi feita a apresentação de Natal, que foi um sucesso e muito gratificante tanto para mim, como para a escola e claro muito mais para meus alunos.

RELATÓRIO DE APRENDIZAGEM DE TEATRO, LUDICIDADE E LITERATURA

Esta atividade do inventário criativo globalizou três interdisciplinas que foram o teatro, ludicidade e literatura. Foi um aprendizado muito enriquecedor tanto para mim como para meus alunos, pois eles ficaram muito alegres e foram muito criativos.

PLANEJAMENTO AULA DE TEATRO
OBJETIVOS:
-Desenvolver a criatividade dos alunos.
-Proporcionar aos alunos momentos de diversão.
-Proporcionar a integração e a disciplina para o trabalho em grupo.
-Elevar a sua auto-estima.
-Encenar a história lida pela professora, apresentando desenvoltura e desinibição.
TURMA: Alunos de 2ª série, com idade de 8 à 9 anos.
PROCEDIMENTOS:
A professora juntamente com seus alunos iram para a sala de dança. Após a professora explicará as atividades a serem desenvolvidas.

LUDICIDADE

DESCRIÇÃO DAS ATIVIDADES
ATIVIDADE 1
Estátua:
As crianças caminham livremente na sala, ao som de uma palma a criança vira estátua. Ao som de duas palmas elas voltam a caminhar, e assim sucessivamente.

ATIVIDADE 2
Brincadeira com ursinho
As crianças em pé fazem uma roda. A professora apresenta o urso, após a professora atirará o urso para a Gabriéli e dizer: Vou atirar o urso para a Gabriéli porque ela é muito querida. A Gabriéli irá atirar para outro colega dando outra qualidade ou defeito e assim sucessivamente.
ATIVIDADE 3
Modelagem
Dividir a turma em duplas, uma criança ficará agachado ou em pé, uma começará a modelar, fazendo posições que quiser, como se fosse um boneco de massa. Após isso, o outro fará a modelagem.
LITERATURA

ATIVIDADE 4
História: O grande rabanete
A história do grande rabanete conta sobre um vovô que resolve plantar um rabanete na horta. O rabanete ficou enorme e o vovô não conseguiu colher sozinho o mesmo. Então ele chamou a vovó para ajudá-lo e não conseguiram, a vovó chamou a neta e não conseguiram, a neta chamou o totó e também não conseguiram, o totó chamou o gato e também não conseguiram, o gato chamou o rato e aí sim eles conseguiram tirar o grande rabanete. Depois foi feito um jantar e todos comeram o tal do rabanete e ainda sobrou um pouco para uma minhoca que por ali passava.

APÓS A HISTÓRIA LIDA, ENTÃO FOI FEITO A DRAMATIZAÇÃO


RELATO DA EXECUÇÃO DAS ATIVIDADES
Na atividade 1, 2 e 3 os alunos ficaram bastante eufóricos e agitados, mas fizeram muito bem e até queriam repeti-las após a quarta atividade.
Na atividade 4 pedi a eles que sentassem no tapete. Contei a história em forma de desenhos, todos ficaram bem quietos e atentos no começo, mas após o terceiro personagem que é a neta, todos começaram a participar, dizendo a seguinte frase que sempre repetia: “puxa-que-puxa e nada de sair” e a outra sequência de cada personagem, foi muito lucrativa e interessante a interferência deles na história, pois eles conseguiram memorizar muito bem a história, e tiveram bastante facilidade para encenar a história.

SÍNTESE DOS TEXTOS
Formas de abordagem dramática na educação- Ana Carolina Muller Fuchs

A aula de teatro dentro das escolas está se mostrando uma disciplina muito importante pois os alunos precisam cada vez mais desenvolver-se de forma expressiva.
1- A dramatização não é apenas uma encenação de uma peça, mas um método para ensinar as diversas disciplinas. A história pode ser ensinada por meio de representações do livro – texto.
2- O teatro criativo tem como base o jogo dramático que passa uma liberação emociona; é desenvolvido na improvisação e interpretação.
3- O movimento criativo é o movimento expressivo que se destina à dança e ao teatro, é uma técnica que evolui o movimento espontâneo da criança.
4- O teatro escolar são espetáculos feitos por alunos nas escolas, mas precisamos cuidar para que as crianças não fiquem envergonhadas e constrangidas no momento de enfrentar a platéia.
5- O jogo dramático é mais uma abordagem contemporânea do teatro na escola, onde o aluno se relaciona com o seu imaginário e com sua expressividade. É uma prática lúdica improvisada ou pré- estabelecida.
6- Os jogos teatrais são baseados na improvisação e estão relacionados com as expressões das imagens, dos pensamentos e sensações.
O teatro leva o aluno a construir seu próprio fazer e transforma o trabalho do grupo bastante dinâmico.
O teatro no contexto escolar deve ser construído a partir das necessidades e desejos de todos os alunos. O teatro tem ligações de aprendizagens com outras disciplinas, como: transformar jogos e brincadeiras em verdadeiros espetáculos, integra-se práticas pedagógicas, tornando-se o fazer bem mais rico.

Aula de teatro é teatro? Autora: Cleusa Joceleia Machado
O teatro precisa ser reconhecido entre as matérias escolares, pois ajuda na formação da pessoa e no seu próprio conhecimento. Tem se apresentado vários argumentos para que a arte do teatro seja reconhecida como disciplina autônoma, pois ela desenvolve a sociabilização, coordenação motora e auxilia na alfabetização e na compreensão dos outros conteúdos.
A aula de teatro é um momento onde o aluno vive uma vida irreal, imaginária, temporariamente. O evento teatral é o encontro de alguém que assume um papel e comunica algo e outro que aceita e assiste. Precisamos textualizar elementos que constitui uma situação, a história pessoal da criança, seus valores e sua cultura. No uso de máscara o ator, tem a tarefa de representar com seu próprio corpo um outro ser. Ele representa um personagem ou é ele mesmo, mas nas improvisações corporais há maneiras de apresentar-se de construir algo de si mesmo diferente do dia-dia.

Improvisação para o teatro
A Experiência Criativa- Autora: Violla Spolin
Este texto faz uma profunda análise sobre a arte de representar, sendo que todas as pessoas são capazes de atuar, de improvisar, de jogar e aprender a ter valor.
Quando observamos uma criança em movimento, chutando o ar, engatinhando e depois andando, percebemos que ele esta experimentando e se inserindo no mundo, exercendo potencialidades de experimentar através da penetração no ambiente, envolvendo-se totalmente com ele.
O teatro é um ótimo recurso pedagógico, pois faz com que a criança viva a proposta de trabalho.
O teatro é um poderoso método para a criança gravar na sua memória um determinado tema, ou para levá-lo através de um impacto emocional, a refletir sobre uma determinada questão moral. Está é uma questão que pode revelar e examinar de perto muitos de seus bloqueios na aprendizagem.
O enfoque dado no texto não é somente para as crianças com problemas de aprendizagem, mas com comportamento social e moral da criança e jovem psicologicamente normal. Como instrumento da formação comportamental as experiências criativas orientam para o ensino de valores e aspectos psicológicos do comportamento, da temperança, da coragem cívica, do valor do conhecimento, da justiça, ensinar boas maneiras e relacionar-se com pessoas, etc.
A arte de representar não é apenas um jogo dramático em si, mas a representação deve ser fiel ao script, para que o objetivo pedagógico possa ser alcançado. O Orientador deve reter o controle da atividade artística, não abrindo mão da disciplina e da técnica, para que não vire uma anarquia.
É preciso criar uma programa multidisciplinar para uma formação comportamental, capaz de levar o aluno a ter noções sobre maturidade mental, mecanismos do conhecimento e da geração dos sentimentos, boas maneiras, etc. Sendo na verdade, para a criança um jogo, uma forma natural de grupo que leva ao envolvimento e a liberdade pessoal necessários para a experiência.
Os jogos desenvolvem as técnicas e habilidades pessoais necessárias para o jogo em si, através do próprio ato de jogar. No momento em que a pessoa esta jogando está sendo desenvolvidas suas habilidades, divertindo-se e recebendo todo o estímulo que o jogo tem a oferecer, e neste exato momento, ela está aberta para recebê-las. A ingenuidade e a inventividade aparecem para solucionar quaisquer crises que o jogo apresente, pois durante o jogo o jogador é livre para alcançar seu objetivo, desde que obedeça as regras, o aluno pode balançar, ficar de ponta cabeça ou até voar.
O jogo é psicologicamente diferente em grau, mas não em categoria, da atuação dramática.
O autor do texto destaca o cuidado que o orientador( professor- diretor) deve ter com as palavras que fecham portas, que tem implicações ou conteúdo emocional, atacam a personalidade do aluno-autor ou mantém o aluno totalmente dependente do julgamento do professor, isso deve ser evitado, nós fomos educados pelo método da aprovação/ desaprovação, é preciso uma auto-observação por parte do professor-diretor para erradicar qualquer manifestação desse tipo.
O julgamento impede um relacionamento livres nos trabalhos de atuação. O professor não deve julgar bom ou mau, pois não existe uma maneira certa ou errada para solucionar um problema, pois o aluno pode aparecer com uma nova maneira até então não vista.
No caso de um aluno que supostamente já viu uma arma ou já pegou uma, dar-lhe o papel de um policial. Nesta mesma linha, perguntar qual criança conhece algum viciado, sobre os efeitos da droga, dar-lhe o papel de assistente social. Alunos dessas áreas que vão mal nos estudos, tem muito conhecimento do mundo que os cerca e o teatro pode ser a oportunidade de expressar suas idéias sociais e seus sentimentos.
O teatro poderá lhes passar lições morais e inspirar confiança em melhorar sua condição social.
Este texto na verdade é um manual com muitas dicas e exercícios que permite adaptar objetos, vestimentas, efeitos sonoros e iluminação para serem utilizados durante a solução de um problema.
O clima durante as oficinas deve sempre ser de prazer e relaxamento. É esperado que os alunos atores não absorvam somente as técnicas, mas também o clima que as acompanham. Por isso os alunos atores devem ser preparados para o problema de atuação ( o problema proposto ao grupo ) , o sentido de tempo ( dar um minuto quando faltar concentração ) , evitar os rótulos ( exagero de termos técnicos ) , evitar o como ( resolver o problema logo), sugestões e lembretes. O texto apresenta 96 sugestões para aqueles que queiram se inserir em atividades no palco.
O teatro pode ser um importante canalizador e transformador de ideais e idéias dos jovens, somente quando o método e experiências estão juntos para oferecer inspiração e instigação para novas possibilidades de inclusão social e auto estima, é possível somar ricas experiências e novas saídas para os problemas da violência e exclusão em nossa sociedade.