segunda-feira, 3 de agosto de 2009

A inclusão em minha vida

Trabalho há 12 anos na rede Estadual de Ensino.
Em maio deste ano, comecei a trabalhar na Rede Municipal de São Leopoldo.
Na rede estadual tive contato somente com crianças com aprendizagem lenta, sem nenhum laudo. Somente acho que estas crianças podem apresentar algum problema, mas qual??
Nos ultimos três anos alguns alunos com problema de aprendizagem foram encaminhados ao EDUCAS.
O EDUCAS oferece duas vezes por semana aulas de reforço com acompanhamento de pedagogas e psicopedagogas que estão estagiando pela UNISINOS.
Percebi que os alunos que lá estiveram tiveram uma melhora na aprendizagem.
Uma vez por mês, somos convidadas a participar de reuniões, para conversarmos sobre o aluno. Este trabalho é bastante importante, mas é preciso muito mais, para conseguirmos realmente um ótimo resultado.
No pouco tempo que estou na rede municipal de S. L., soube do envolvimento que a mesma tem com o ensino voltado para as crianças portadoras de necessidades especiais. Um exemplo disso é a escola onde trabalho, que tem uma sala de recursos multifuncionais, que é um espaço bem organizado com materiais didáticos, pedagógicos, equipamentos e profissionais com formação para atender as necessidades educacionais especiais, onde atende alunos com deficiência, com altas habilidades, superdotados, dislexos, hiperativos, com déficit de atenção e outros.
Esta sala tem ênfase nas tecnologias assistivas. A mesma atende mais oito escolas da rede.
Na escola conheci um menino com síndrome de Down, que estuda na sala ao lado da minha, algumas vezes no meu planejamento, fui observar como era uma aula com este tipo de criança. Percebi que a inclusão, não pode estar apenas no papel, mas sim na vocação, digo isso porque percebi que para trabalhar com esse tipo de criança tem que antes de tudo, gostar e amar, é pura vocação, é preciso ter muita paciência, tática e principalmente jogo de cintura. A turma toda apóia muita a professora, todos tem muita paciência com ele, digo a turma também tem que aceitar a inclusão. Notei que ali a professora sabe fazer a verdadeira inclusão, pois a turma soube aceitar a diferença e soube ajudá-lo. Ele também é muito carinhoso com a professora, necessitando sempre a atenção da mesma, o que é bastante desgastante, mas ela faz tudo mesmo por carinho e amor, pois se não tiver isso o trabalho de inclusão não daria certo.

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