segunda-feira, 3 de agosto de 2009

TEXTO RELATANDO SITUAÇÕES NA ESCOLA E ANÁLISE TEÓRICA COM BASE NO REFERENCIAL PIAGETIANO SOBRE O DESENVOLVIMENTO MORAL

Após ler o texto: Significações de violência na Escola: Equívocos na compreensão dos processos de desenvolvimento moral na criança? de Jaqueline Picetti, percebi que tenho uma visão distorcida sobre a violência na escola. Será que meu aluno é violento, ou tal atitude não é característica do processo de construção da moralidade? Será que estou contribuindo com trabalhos pedagógicos em relação a isso?
Tenho dúvidas, pois algumas vezes achei que estes atos mereciam punições, como ficar sem recreio ou tirar a educação física, mas vi que isso nada adiantava. Então, comecei a mudar minha tática.
Meu aluno Lucas, do terceiro ano era um aluno que vivia batendo, chutando ou até mesmo soqueando seus colegas, algumas vezes usei de punição com ele, mas percebia que isso não adiantava, só estava piorando e, sentia ele cada vez mais distante. Ele saiu de seu lugar e começou a sentar lá no fundo da sala. Vi que era hora de eu mudar, cada vez que ele era violento, conversava com ele, pedindo explicações, o porque ele fizera isto ou aquilo, mas já não estava mais condenando ou punindo, mas sim ouvindo o que ele tinha para me dizer. A partir de minha mudança para com ele, ele começou a mudar também, pediu para sentar perto de mim, hoje muitas vezes vem me abraçar, me tocar, me cheirar. Hoje eu estou sempre incentivando, explicando que ele não pode mais fazer isto ou aquilo, fazendo ele muitas vezes refletir sobre seus atos.
Depois de ler este texto pude perceber que mesmo sem saber, estou contribuindo no processo da construção da moralidade de meu aluno. Só que não sabia que certos comportamentos ditos como violentos, nada mais poderia ser sobre o desenvolvimento moral de meu aluno. Segundo a autora: “Seria importante a escola inserir em seu contexto o respeito pelo processo de desenvolvimento moral, não tachando mais certos comportamentos como violentos, mas como características de uma determinada fase da construção da autonomia da criança, pois, para que o sentimento de justiça se desenvolva, são necessários o respeito mútuo e a solidariedade entre as crianças e os adultos.”
Concluo, então que acho que estou indo no caminho certo, errando algumas vezes, mas tentando sempre acertar, para que só assim meu trabalho seja enriquecedor e para que eu colha bons frutos. E saber acima de tudo, que eu tentei fazer o melhor.

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