quinta-feira, 6 de agosto de 2009

FILME SOBRE A INCLUSÃO NA SALA DE AULA

ESTUDO DE CASO DO MENINO PETER

O aluno apresenta a deficiência da síndrome de down, sua classe econômica é considerada média alta, morando numa boa casa, com pais bem presentes e carinhosos, parecendo ser uma família bastante estruturada
No início do ano, o menino não tinha um bom relacionamento com os colegas e os professores, mas com o decorrer do documentário tudo foi mudando, pois através de todo o envolvimento da turma e dos professores aos poucos o relacionamento foi melhorando e, conseguiram achar um meio de todos se relacionarem bem, o que foi um trabalho bastante árduo e, mesmo assim em suas crises o menino regredia um pouco, sendo violento com seus colegas.
Percebi que a família dá total apoio ao menino, sendo que já colocar o menino na escola já demonstra que a própria já o aceita, coisa que em muitos casos a maioria das famílias escondem e não aceitam seus filhos, sendo muitas vezes negligentes. O menino pelo que pude perceber é uma criança protegida e amada pelos pais.
Nos primeiros meses Peter não apresentava nenhuma concentração, nenhum envolvimento, não realizando nenhuma atividade. Mas através do diálogo e da cooperação entre os colegas e os professores e, com o tempo Peter começou a ter mais concentração e já conseguia realizar as atividades sozinhos, aprendendo a ler e escrever, sempre incentivados pelos colegas e professores, todos envolvidos numa grande teia de amizade, coleguismo e paciência.
Pelo que pude perceber todos os movimentos para a inclusão estavam presentes na escola, pois a mesma oferece uma sala bem ampla, com bastante materiais didáticos e pedagógicos, uma turma com poucos alunos. Trabalhos feitos em grupo, outros professores assessorando a professora, a professora tentando buscar meios de se relacionar bem com o menino, a preocupação da professora em buscar outros métodos que surgissem efeito num bom relacionamento entre os colegas e ela mesma, havendo também adaptações curriculares, pois Peter teve que aprender a ler e escrever, enquanto que a turma já estava no terceiro ano.
As práticas pedagógicas foram: o atendimento individual, mesmo trabalhando o coletivo, a flexibilidade na adaptação do currículo, o diálogo, a cooperação e o incentivo entre os colegas e professor para com o menino, o trabalho em grupo, a avaliação do professor fazendo parâmetros sobre o desenvolvimento do aluno, aulas bem diversificadas com apoios pedagógicos com jogos, exercícios físicos, brincadeiras e músicas.
Apesar do documentário não ter notificado tais empenhos, acredito eu que houve um amparato para a inclusão, pois os alunos demonstraram estar desde o início preparados para estar com este caso na sala de aula. E a família é bastante estruturada, parecendo estar sempre favorecendo o desempenho do menino.
É preciso termos uma avaliação mediadora construída na interação, no diálogo entre professores e alunos, transformando-os em participantes dos processos avaliativos; o professor interagindo com seus alunos e buscar compreender como eles estão construindo suas lógicas de pensamento, que eles vão produzindo suas capacidades de mediar situações de aprendizagem, tornando-se assim aprendizes do processo de desenvolvimento de seus alunos.
O conhecimento é adquirido na interação do sujeito com o meio, não aprendemos sozinhos e sim na troca de idéias, na ajuda mútua, no que realmente tenha significado para nós. Como relata a menina que estava sempre com Peter, diz ela que ela não só ajudou ele, mas também aprendeu muito com ele, o que para ela foi mais importante, não só ensinar mas aprender com o outro.O menino ao final do ano letivo recebeu um prêmio pelo seu aprendizado, sendo valorizado conforme suas condições.
É preciso encontrar uma maneira de utilizar os processos avaliativos como potencializadores das aprendizagens e inclusão escolar. Inclusive uma ferramenta pedagógica capaz de auxiliar na (re) construção de conhecimentos, fazendo emergir as potencialidades de cada sujeito e escutando as vozes historicamente silenciadas. Uma avaliação da aprendizagem inclusiva! O processo avaliativo olhando à diversidade, mutabilidade, ao imprevisível; a avaliação da aprendizagem como um meio e não um fim e, nesse sentido, é permeada pela teoria e pela prática, sendo um dispositivo facilitador da crítica do percurso de uma ação: a ação conjunta do fazer pedagógico.
Infelizmente nossa realidade não abrange totalmente a inclusão, o que é uma pena, pois temos tanto a trilhar em busca de novos conhecimentos e aprendizagens sobre o que é realmente a inclusão e os benefícios que a mesma trará para nossa sala de aula, para nossos alunos e para nós educadores. As contradições do filme à realidade são claras. É preciso na Inclusão serviços na área de saúde, bem com agentes e recursos da comunidade e o diagnótico completo dos alunos, recursos esses que capacitam bem à inclusão

Um comentário:

Márcia Caetano disse...

Oi Grazi,

Você fez um boa descrição do filme, mas acabou não colocando o nome dele, gostaria de assistir também. na forma que você apresenta a postagem me parece que está respondendo questionamentos feitos pela professora da interdisciplina, será que estou certa....
Concordo plenamente com o que voc~e escreveu "É preciso termos uma avaliação mediadora construída na interação, no diálogo entre professores e alunos, transformando-os em participantes dos processos avaliativos; o professor interagindo com seus alunos e buscar compreender como eles estão construindo suas lógicas de pensamento, que eles vão produzindo suas capacidades de mediar situações de aprendizagem, tornando-se assim aprendizes do processo de desenvolvimento de seus alunos." Incluir é possibilitar que o desenvolvimento de todos respeitando o ritmo e as diferenças, e sobretudo ter a consciência da necessidade de situação de igualdade. E diante disto eu te questiono, como você faria para conseguir realizar a inclusão concretamente.

Um abraço
Márcia Caetano
Tutora